Na Portugal Telecom «deve ser dada atenção especial às reais intenções da administração», alertou anteontem a Comissão de Trabalhadores. Em comunicado, a CT aponta dois aspectos concretos: as sucessivas reestruturações, com criação de novas empresas, cujos quadros são preenchidos na base de «contratos de cedência ocasional», e com concentração e encerramento de serviços, provocando redução drástica de postos de trabalho e tentativa de retirar direitos; e «a possibilidade real de a SGPS procurar destruir organicamente a PT Comunicações, de modo a libertar-se das responsabilidades legais no domínio dos direitos e garantias dos trabalhadores».
A CT acusa a administração de «criar uma legião de burocratas» e de «deixar completamente desguarnecidas as áreas operacionais». Afirma ainda que «há equipas operacionais paradas por falta de viaturas e nas Picoas e na Andrade Corvo nunca houve tantos carros topo de gama».